A Fuga das Galinhas (e dos Marrecos Assustados)

Ah, o Brasil! Um país onde o noticiário político, de vez em quando, parece roteiro de comédia pastelão, com toques de suspense e um fundo musical de galinhas cacarejando. Nos últimos tempos, a melodia que embala a política nacional é a da "Fuga das Galinhas", uma trilha sonora peculiar para um grupo seleto de personagens que, parece, não conseguem lidar muito bem com as consequências de suas próprias (e digamos, um tanto desastradas) ações.
Os holofotes, claro, estão apontados para a dupla dinâmica que transformou o passaporte em capa de gibi: Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli. Sim, eles mesmos! Aquele que sonhava em ser embaixador nos EUA, e a que prometia algemar o STF. Hoje, a aventura parece ser mais na linha "onde a Justiça não me pega", com escalas em Miami ou em qualquer lugar com internet que permita postagens vitimistas e fotos com ares de "feriado forçado". A analogia com as galinhas fugitivas é inevitável: parecem cacarejar alto, fazer muito barulho, mas na hora H, a corrida é desesperada, com penas voando para todos os lados. E a desastrada? Ah, a desastrada é a tentativa de convencer que tudo não passa de uma "perseguição política". Jura?
Mas a galinheiro bolsonarista é grande, e a debandada não para por aí. Há os que já estão com o bico nas grades, como o ex-deputado Daniel Silveira, que trocou a vida de influencer por uma rotina mais introspectiva. Ou o ex-comandante da PM do DF, Fábio Augusto Vieira, que viu o distintivo virar souvenir. Há os que estão aguardando o chamado para o retiro forçado, aqueles que, de repente, descobriram que a conta da internet está cara no Brasil e que o exterior tem um custo de vida mais acessível... para fugir.
É de se pensar que, para quem vivia bradando contra a "bandidagem" e a "impunidade", a atitude de "pés para que te quero" é, no mínimo, irônica. A cena é quase cartunesca: enquanto a Justiça, com seus passos lentos mas firmes, se aproxima, eles ensaiam a fuga, tropeçando nos próprios discursos, nas promessas vazias e, por que não dizer, na megalomania que os levou a crer que estavam acima da lei.
A "Fuga das Galinhas" bolsonarista é um lembrete bem-humorado (mas com um fundo de preocupação) de que, no fim das contas, a lei é para todos. E que, por mais que se tente fugir do galinheiro, uma hora a rede do avoado vai pegar. E aí, meus amigos, o cacarejo se transforma em silêncio constrangido, com o único som audível sendo o ranger das portas de um novo e não tão glamouroso "destino".
Será que teremos mais episódios dessa temporada da "Fuga das Galinhas"? Qual será o próximo voo?

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